Adailton Medeiros, do Ponto Cine; Isabelle Cabral, da Pipa Produções ao lado de Cavi Borges; e Helder Quiroga, do Ponto de Cultura Contato - MG

Luiz Gonzaga Assis de Luca, do grupo Severiano Ribeiro e autor do livro "A hora do cinema digital - democratização e globalização audiovisual

O diretor Walter Carvalho; Erom Cardoso, dos Estúdios Mega; e Jal Guerreiro, da Link Digital

Clélia Bessa, da Raccord; Luís Monteiro, da Kodak; Fernando Goya, da Panasonic

Leandro Saraiva, do Ponto Brasil; Paulo Pons, da Pax Filmes; Sérgio de Sá Leitão, da Riofilme

Batman Zavareze, do Multiplicidade, e Carlos Klachquin, da Dolby

OS DOIS ÚLTIMOS DIAS

Alguns impedimentos fizeram que dois convidados estivessem ausentes no sábado, mas mesmo assim o seminário foi um sucesso com a presença de Luiz Gonzaga Assis de Luca, especialista no mercado de cinema digital no Brasil. Aliás, Assis de Luca já se tornou presença obrigatória para o próximo seminário porque ele acompanha de perto as mudanças no cenário digital que, como todos sabemos, são velozes.
E no domingo, Helder Quiroga, do Ponto de Cultura Contato, de Minas Gerais, Isabelle Cabral, da Pipa Produções e idealizadora do projeto Distribuição Criativa, e Adailton Medeiros, do Ponto Cine trouxeram questões fundamentais para a reflexão sobre o digital como meio de democratização.
Evitando o lugar comum da "chave deouro", só podemos dizer que o evento foi ótimo, mas pode ser ainda melhor. E será!
Temos que agradecer as maravilhosas parcerias que tivemos do Grupo Estação e Ponto Cine que exibiu nossa vinheta nos cinemas durante todo o evento, da TV Brasil que também veiculou a vinheta na programação, da Rain Digital que "encodou" a vinheta para exibição, dos restaurantes Taberno do Juca e Brazooka, do Hotel Novo Mundo e, é claro, do público participativo que contribuiu muito no debate. Além, obviamente da Caixa Cultural que acreditou no nosso projeto.
Em breve, as palestras estarão publicadas. Aguardem!

O QUARTO DIA

Na sexta-feira, o tema da mesa foi AS FINALIZADORAS - NOVOS INVESTIMENTOS Ccom a presença de Jal Guerreiro, da Link Digital, e Eron Cardoso, dos Estúdios Mega que apresentaram as empresas e seus processos de finalização. Também esteve presente o diretor Walter Carvalho que falou sobre a imagem digital.

Walter Carvalho apresentou um histórico sobre a imagem frisando que o fundamental não é o meio pelo qual o objeto é fixado e reproduzido, mas a maneira de olhar para o objeto. A partir dessa premissa, Walter apresentou várias imagens e suas releituras passando por Velazquez, Manet e Picasso.

O tom do encontro foi de um bate papo com grande participação do público. Da plateia, o diretor Luiz Fernando Goulart relembrou os tempos da pesada câmera com a qual foi realizado o documentário Opinião pública, de Arnaldo Jabor, defendeu o uso dos recursos digitais no cinema atual e afirmou que: "todas as quebras de paradigmas foram favoráveis à criação."

Saiba mais das declarações dos palestrantes no Twitter @cinemadigital09


EM BREVE, AS TRANSCRIÇÕES DAS PALESTRAS SERÃO PUBLICADAS NESTE BLOG.

O TERCEIRO DIA

O terceiro encontro do 1o. SEMINÁRIO DE CINEMA DIGITAL tratou de AS EMPRESAS - NOVOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS e contou com a presença de um representante da PANASONIC, Renato Goya, da KODAK, Luís Monteiro, e da produtora e representante do SICAV, Clélia Bessa.
Renato Goya apresentou diversos tipos de câmeras digitais explicando para qual tipo de mercado e resultado elas se direcionam. Já Luís Monteiro afirmou a permanência da película como suporte apostando no digital como parte do processo de produção - particularmente no que diz respeito a intermediação. Foram dois lados do processo, no que diz respeito aos materiais de produção, que se sintetizaram na fala de produtora Clélia Bessa que, em seu histórico de produção, mostrou como a mudança de materais oferece ao produtor opções diversas para realizar seus filmes.

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O SEGUNDO DIA

No segundo dia do 1o. SEMINÁRIO DE CINEMA DIGITAL, o tema foi A IMAGEM E O SOM DIGITAIS. Estiveram presentes Carlos Klachquin, da Dolby Digital, e Batman Zavareze, curador e diretor do projeto Multiplicidade. O diretor de fotografia Walter Carvalho teve que transferir sua participação para sexta-feira, dia 13 de novembro, por conta de compromissos profissionais.
No entanto, Carlos Kalchquin em sua apresentação falou dos dois aspectos básícos da produção e exibição audiovisuais: a imagem e o som a partir de uma perspectiva de história tecnológica.
Já Batman Zavareze falou sua trajetória como videomaker até chegar a elaboração do projeto multimídia Multiplicidade que procura envolver músicas, cineastas, viodeomakers, artistas plásticos em um atividade interativa e presencial como a construção de uma obra de arte ao vivo, de um show baseado unicamente na improvisação e no acaso. Experiências possíveis justamente por conta da existência de suportes digitais de áudio e vídeo.

EM BREVE, AS TRANSCRIÇÕES DAS PALESTRAS SERÃO PUBLICADAS NESTE BLOG.

O PRIMEIRO DIA

No primeiro encontro do SEMINÁRIO DE CINEMA DIGITAL, a primeira questão apresentada pelo presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, foi sobre a dificuldade de definir o que é CINEMA DIGITAL. A expressão que pode ser entendida de vários ângulos - desde a maneira como o produto audiovisual foi captado até a sua forma de exibição - iniciou uma conversa que evidenciou o momento de transição no qual vivemos. Ainda há muitas dúvidas sobre qual o futuro do novo cinema que surge assim como sobre a mudança da função das muitas janelas de exibição que temos hoje.
O produtor da Pax Filmes, Paulo Pons, também diretor do filme VINGANÇA, que será re-exibido nesse sábado, dia 14, falou sobre como desde 2002 começou a trabalhar com o suporte digital e os processos de descobertas de possibilidades até hoje. Segundo Paulo, é necessário chegar a um modelo novo de fazer cinema para poder chegar ao que hoje se chama de cinema digital.
Leandro Saraiva, da TV Brasil, responsável pelo projeto Ponto Brasil falou sobre a experiência do projeto colaborativo que gerou 14 programas de televisão compostos por 130 vídeos que serão exibidos na emissora. O Ponto Brasil foi formado por 100 grupos entre Pontos de Cultura e coletivos audiovisuais em todo o país que partiram da concepção central de relaiar interpretações poéticas em vídeos curtos.

EM BREVE, AS TRANSCRIÇÕES DAS PALESTRAS SERÃO PUBLICADAS NESTE BLOG.

EXIBIÇÃO DIGITAL - O TEMA DO MOMENTO

Hoje, sexta-feira, o tema de capa da FOLHA ILUSTRADA, da Folha de São Paulo é a EXIBIÇÃO DIGITAL. A discussão em torno da exibição em 35mm, sistema DCI ou sistema Rain é o tema de amanhã no 1o. SEMINÁRIO DE CINEMA DIGITAL.
Dois dos palestrantes são so entrevistados da reportagem: José Eduardo Ferrão, da Rain, e Luiz Gonzaga Assis de Luca, autor do livro "A hora do Cinema Digital", publicado pela Imprensa Oficial.
O outro convidado é o secretário da audiovisual do MInistério da Cultura Silvio Da-Rin.
O seminário começa às 19 horas e a entrada é franca sujeita à lotação da sala de Cinema 2, da Caixa Cultural, à Av. Almirante Barroso, 25, no Centro.

Hoje: As Finalizadoras - Novos Investimentos

O 1º Seminário de Cinema Digital - Produção e Mercado, chega ao seu 4º dia confirmando que a iniciativa de uma discussão sobre os rumos da sétima arte diante das novas tecnologias foi um sucesso. O público tem comparecido aos debates e principalmente, levantando questões a todos os convidados.

Pelo Seminário já passaram nomes como Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme; o cineasta Paulo Pons; o coordenador do programa Ponto Brasil, Leandro Saraiva; Carlos Klachquin, da Dolby; Batman Zavareze, diretor e curador do projeto Multiplicidade; Luís Monteiro, da Kodak; Renato Goya, da Panasonic; e Clélia Bessa, produtora da Raccord Produções e membro da diretora do SICAV - Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual.

Hoje, a mesa do 1º Seminário de Cinema Digital será As Finalizadoras - Novos Investimentos. Estarão presentes: José Augusto Quartim Blasiis, da Casablanca/Teleimage; Eron Cardoso, dos Estúdios Mega; e Jal Guerreiro, da Link Digital.

Além deles, a mesa também contará com a participação do premiado diretor de fotografia, Walter Carvalho. Em virtude de compromissos profissionais, ele não pôde participar da mesa para qual foi convidado, na última quarta-feira. E como ele faz questão de participar dessa discussão, reconhecendo a importância do Seminário através de um e-mail encaminhado para a produção, Walter Carvalho estará presente hoje, falando sobre o olhar do fotógrafo diante da película e do digital.

Devido a algumas desistências, ainda há vagas para participar do 1º Seminário de Cinema Digital - Produção e Mercado. Os interessados deve comparecer ao Cinema 2 da Caixa Cultural, a partir das 19h. Sujeito a lotação da sala.

OS SELECIONADOS PARA O SEMINÁRIO

Recebemos muitas inscrições para a primeira edição do Seminário de Cinema Digital. Foram selecionadas 60 pessoas. O critério de seleção foi por ordem de envio de mensagem. Aqueles que não conseguiram vaga, agradecemos o interesse e informamos que estamos no Twitter: @CinemaDigital09 e que o nosso blog será atualizado diariamente com resumo dos debates. Em breve, o conteúdo das mesas de discussão será transcrito e postado nesse blog.

Aos selecionados, esperamos todos no dia 10 de novembro, na sala 2 da Caixa Cultural. Favor chegar meia hora antes, munidos da carteira de identidade ou qualquer outro documento com foto. Informamos que haverá uma tolerância de quinze minutos, a partir do início do debate. O selecionado que não chegar até o tempo estipulado, terá a vaga será preenchida por aquele que for a Caixa Cultural no intuito de ter obter uma vaga. Mais informações serão encaminhadas para os e-mails de cada selecionado.

1- Shirley Cruz
2- Paulinho Sacramento
3- Emílio Domingos
4- Leo Carvalho
5- Eduardo Silva
6- Andre Scucato
7- Gustavo Pessoa
8- Isabel Capaverde
9- Rita Albano
10- Greice Drumond
11- Vinícius Fernandes
12- Paula Lousada
13- Luiz Fernando Goulart
14- Allan Deberton Nogueira Linhares
15- Ana Paula Pinho Graça
16- Christian Schneider
17- Jorge Monclar
18- Jaidete de Fátima G. Nascimento
19- Tito Campos
20- Alexandre Muniz
21- Rosane Gonçalves Ferreira
22- Felipe Quintelas
23- Candy Saavedra
24- Luciano Trigo
25- Aarão Marins
26- Felipe Lopes
27- Estela Aranha
28- Lia Bahia
29- Thalita da Motta Machado
30- Erick Maximiano Oliveira
31- Vanessa Azevedo
32- Aline Mazzarella
33- Thiago Antonio Mendonça de Sousa
34- Adil Tiscatti
35- Danielle Cony
36-Mariana Flor de Oliveira Pires
37- Pedro Ivo Mendes
38- José Eduardo Limongi
39- Renata Loureiro Frade
40- Bruno Valente Pimentel
41- Tiago Machado
42- Maicon Barcellos
43- Glaucia Davino
44- Ricardo Cardoso Silva
45- Julia Serran Veloso de Castro
46- Rafael Queres
47- Patricia Silva
48- Márcio de Andrade
49- Renata Brito
50- Daniel Leite
51 – Christiano Requião
52 – Thereza Jessouroun
53 – Marianna Bernardes
54 – Eduardo Callado Parrlha Falcão
55 – Jurandir Oliveira
56 – Arthur Sbragia
57 – Marcela Campos de Ré
58 – Juliana Radler de Aquino
59 – Vladimir Seixas
60 – Leo Dresch

Notícias on line

Veja nos links abaixo as notas sobre nosso seminário:

http://www.filmeb.com.br/portal/BOLETIM/html/BOL_exibe_RapidinhasLivres.php

http://www.adorocinema.com/cinenews/seminario-de-cinema-digital-no-rio/

http://almanaquevirtual.uol.com.br/ler.php?id=22075&1O+SEMINARIO+CINEMA+DIGITAL+–+PRODUCAO+E+MERCADO+NA+CAIXA+CULTURAL

INSCRIÇÕES ABERTAS

Já estão abertas as inscrições para os debates do 1o. SEMINÁRIO DE CINEMA DIGITAL - PRODUÇÃO E MERCADO. O seminário é gratuito e serão fornecidos certificados para quem comparecer em 75% das palestras que acontecem do dia 10 ao dia 15 de novembro, no Cinema 2, da Caixa Cultural. Serão oferecidas 60 vagas por ordem de inscrição feitas através do e-mail cinemadigital2009@gmail.com

A PROGRAMAÇÃO

Dia 10 de novembro terça-feira
14h – Sessão Pontos de Cultura
16h – Vingança, de Paulo Pons
19h – Debate: OS PRODUTORES – PEQUENOS ORÇAMENTOS
Com SÉRGIO SÁ LEITÃO, presidente da Riofilme; PAULO PONS, da Pax Filmes; e LEANDRO SARAIVA, da TV Brasil.

Dia 11 de novembro quarta-feira
14h – As Aventuras de Gui & Estopa, de Mariana Caltabiano
16h – Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro
19h – Debate: OS TÉCNICOS – A IMAGEM E SOM DIGITAIS
Com WALTER CARVALHO, diretor de fotografia; CARLOS KLACHQUIN, da Dolby; e BATMAN ZAVAREZE, curador e diretor do projeto Multiplicidade.

Dia 12 de novembro quinta-feira
14h – Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro
16h – As Aventuras de Gui & Estopa, de Mariana Caltabiano
19h – Debate: AS EMPRESAS – NOVOS EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Com LUÍS MONTEIRO, da Kodak; RENATO GOYA, da Panasonic; e CLÉLIA BESSA, Produtora da Raccord Produções e da Diretoria do SICAV - Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual.

Dia 13 de novembro sexta-feira
14h – Vida de Balconista, de Pedro Monteiro e Cavi Borges
16h – Teste de Elenco, de Ian SBF e Osíris Larkin
19h – Debate: AS FINALIZADORAS – NOVOS INVESTIMENTOS
Com JOSÉ AUGUSTO QUARTIM DE BLASIIS, da Casablanca/Teleimage; ERON CARDOSO, dos Estúdios Mega; e JAL GUERREIRO, da Link Digital.

Dia 14 de novembro sábado
14h – Vingança, de Paulo Pons
16h – Sessão Pontos de Cultura
19h – Debate: OS EXIBIDORES – NOVAS JANELAS
Com SILVIO DAR-RIN, secretário de audiovisual - MinC; JOSÉ EDUARDO FERRÃO, da Rain Digital; e LUIZ GONZAGA ASSIS DE LUCA, do grupo Severiano Ribeiro e autor do livro "A hora do cinema digital - democratização e globalização do audiovisual".

Dia 15 de novembro domingo
14h – Teste de Elenco, de Ian SBF e Osíris Larkin
16h – Vida de Balconista, de Pedro Monteiro e Cavi Borges
19h – Debate: OS ATIVISTAS – A TECNOLOGIA A SERVIÇO DA DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Com ADAILTON MEDEIROS, do Ponto Cine; ISABELLE CABRAL, da Pipa Produções; e HELDER QUIROGA, do Ponto de Cultura Cidades Invisíveis, de Minas Gerais.

A MOSTRA DE FILMES

O I SEMINÁRIO CINEMA DIGITAL - PRODUÇÃO E MERCADO já selecionou os filmes que serão exibidos em 2 sessões no turno da tarde entre os dias 10 e 15 de novembro. O Ponto de Cultura TV Ovo, de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, participará com 2 filmes Caminhos e KRE (Balaio) e o Projeto Cidades Invisíveis, que reúne 10 Pontos de Cultura do interior de Minas Gerais, exibirão 6 interprogramas, entre eles: Sá Luiza, Rio São Francisco e Carriço - memórias do cinema mineiro. Neste programa também serão exibidos vídeos produzidos a partir de um projeto colaborativo inédito entre a TV Brasil e outros pontos de cultura do país sob o nome de Ponto Brasil. Ainda teremos a exibição dos longas-metragens: Vingança, de Paulo Pons; Ainda orangotangos, de Gustavo Spolidoro; Teste de elenco, de Ian SBF e Osíris Larkin; As aventuras de Gui e Estopa, de Caltabiano; e Vida de balconista, de Pedro Monteiro e Cavi Borges.
Em breve, detalhes sobre os filmes. Aguardem!

POR QUE O EVENTO É IMPORTANTE?

Os recursos digitais permitirem a realização de efeitos especiais em filmes de grande orçamento, porém uma das principais conseqüências da transição do formato película para digital é a facilitação da capacidade de produção de audiovisual. Não podemos dizer ainda “democratização”- apesar desta ser a palavra-chave do evento - , pois os equipamentos ainda apresentam custos significativamente elevados, assim como os programas de computador. No entanto, mais do que o advento do sistema analógico VHS, o sistema digital é capaz de captar imagens, editar em programas simples de computador (como o Windows Movie Maker ou softwares livres) permitindo ao realizador ter um produto final com qualidade de exibição. É inegável o crescimento de uma produção paralela ao mercado tradicional assim como a formação de novos realizadores em diversos grupos sociais atendendo inclusive a projeto de inclusão. Produtores, artistas, técnicos e empresas do setor modificam seus processos independentemente, sem que haja uma troca de idéias sobre o real impacto do momento de transição e suas necessidades. Entendemos que todo o setor demanda a discussão de um processo que pode mudar o perfil de um mercado que ainda não foi capaz de se constituir como indústria no Brasil. Logo, o seminário será capaz de mostrar ao público que a produção audiovisual hoje está ao alcance de muitos não apenas informando sobre a evolução do mercado como também apresentando o resultado de experiências alternativas.

O NOSSO OBJETIVO

Objetiva-se demonstrar a possibilidade da tecnologia digital como um meio de inclusão de novos autores e técnicos no meio artístico rompendo com o ciclo que afastou a produção e exibição de imagens em movimento da periferia e da experimentação limitando-a a um pequeno grupo detentor de equipamentos de alto custo e de grandes orçamentos. O debate em torno do reconhecimento da mídia digital como instrumento de inclusão, assim como a exibição de produções advindas de diferentes grupos sociais, atende ao objetivo de enriquecimento sociocultural da comunidade. Por isso, insistimos em destacar que o diferencial do evento é que ele não se restringirá apenas a exibir filmes e constatar que a mídia digital já é uma realidade, mas a aprofundar a discussão com os realizadores, produtores e, principalmente, os responsáveis pela produção de equipamentos de captação e exibição mapeando as mudanças atuais no processo e apontando para as mudanças necessárias para o futuro. Definimos como objetivos específicos: discutir a transição do material sensível para o digital; compreender os aspectos técnicos da realização em digital; conhecer os investimentos das empresas de produção e exibição na área digital; mapear os aspectos da produção digital contemporânea; debater a possível democratização da expressão audiovisual; estimular o interesse na produção digital ampliando as possibilidades de produção de filmes e documentários.

A PROPOSTA DO SEMINÁRIO CINEMA DIGITAL

A tecnologia digital tem provocado uma verdadeira revolução no mercado de produção audiovisual. Uma mudança que ultrapassa os limites do cinema comercial, pois o sistema digital permite a ampliação da produção à medida que a comercialização de pequenas câmeras e programas de edição de computador habilita a realização de filmes caseiros e até mesmo a apropriação de imagens. Porém, mais do que aumentar o número de produtos audiovisuais, o cinema digital obriga a se repensar a questão técnica, as questões teóricas da representação realista, o investimento das empresas no sistema, os caminhos da exibição e a democratização da expressão. O título do evento constitui-se uma provocação já que muitos cineastas ainda insistem em dividir as produções audiovisuais em “cinema” e “vídeo”, como se apenas o primeiro, por ser produzido em película, tivesse o status de sétima arte. A proposta do seminário a ser realizado na CAIXA CULTURAL, em novembro de 2009, é exibir produções realizadas nos Pontos de Cultura em todo o país nas quais os recursos digitais tenham sido fundamentais permitindo que comunidades, fora do eixo das grandes cidades, expressem através do audiovisual os temas de seu interesse e desenvolvam novas linguagens. A mostra revelará os extremos da aplicabilidade dos recursos digitais para a realização de filmes de baixo orçamento desenhando o atual panorama da produção nacional. A série de encontros reunirá desde realizadores até profissionais da área técnica e comercial, para refletir sobre o momento de transição da película para o digital.